quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ulisses

"Eu consegui ler todo o Ulisses (só não me peça para contar)."
Luís Fernando Veríssimo


Esses dias eu terminei de ler a obra que foi um marco para o Modernismo mundial e, por que não dizer, do sistema solar, já que basicamente não há vida nele além da terra. Mas o modernismo do sistema solar é o modernismo mundial então vou falar do modernismo mundial que foi marcado com a obra de James Joyce chamada Ulisses. Sim, Ulisses é o nome da obra que conta o dia 16 de junho de 1904. Sim, um dia na vida de dois habitantes da cidade de Dublin, capital da Irlanda, sim, onde Stepenh Dedalus e Leopold Bloom fazem uma verdadeira odisséia (daí vem o nome Ulisses, protagonista da Odisséia de Homero).
O livro começa apresentando-nos Stephen pela manhã, fazendo a barba, tomando café, indo para o trabalho de professor. Leopold Bloom aparece depois de um tempo e eu não faço a mínima idéia do que ele faz para viver já que no dia 16 de junho ele não fez porra nenhuma além de ficar zanzando pela cidade, escrevendo cartas para sua amante, pensando na vida, batendo punheta para estudantes, almoçando, encontrando Stephen, indo para um enterro... enfim, desconfio que Leopold trabalhe num jornal. Mas não é por incompetência que eu digo que não sei oq eu Leopol faz da vida...é porque Ulisses é um livro denso, demorado, e que se ocê nao tiver uma boa memória, você perderá muitos detalhes.
Eu não estou apto a escrever uma resenha sobre o livro, por isso não o farei. Mas posso muito bem dar minha sincera opinião sobre. O livro não faz o meu estilo, eu já sabia isso desde o começo, mas eu sou um cara que gosta de desafios. James Joyce foi quem deu o pontapé inicial para uma técnica literária da qual eu não sou muito fã, o fluxo de pensamentos. Então se você gosta de introspecção e fluxo de pensamento, leia Ulisses e seja feliz, se você não gosta, mantenha-se longe ou faça como eu e leia para dizer: EU LI ULISSES.
Agora vou ficar algum tempo distante da introspecção e fluxo de pensamento.
Obrigado e volte sempre.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O Monstro do Pântano


Em 1983 Alan Moore começou a revolucionar o mundo dos quadrinho ao tranformar a série Monstro do Pântano em uma verdadeira história de horror moderno.
Alec Holand, depois de um acidente envolvendo materiais químicos e explosão (a velha desculpa do acidente de trabalho, bem, ao menos é melhor que a velha premissa: radiação = superpoderes), torna-se o Monstro do Pântano (eu não posso falar muito sobre o começo dele, porque eu não me interessei por ele, eu me interessei pela época Alan Moore, que é a que vamos falar aqui, mas antes precisammos colocar você, leitor [você existe?], a par dos acontecimentos até o número 20, que é a primeira história escrita por Moore). Como todo personagem de quadrinho da época, Alec Holand, ou Monstro do Pântano (MdP), tinha um arqui-inimigo: Arcane, que é tio da melhor amiga de Holand, Abigail, casada com Matthew, amigo de Alec que era casado com Linda até que o laboratório explodiu e o MdP surgiu (acho que eu já falei alguma coisa parecida).
A edição 20 começa com o MdP procurando pelo corpo de Arcane, morto na edição anterior, e termina com o MdP sendo abatido com um tiro na cabeça. A edição seguinte explora a anatomia do Monstro e revela algumas coisas bastante interessantes.
Ao longo de 44 edições, Alan Moore consegue explorar o potencial do Monstro do Pântano muito bem, colocando-o em posições delicadas, envolvendo-o em cultos demoníacos, fazendo com que descubra seus poderes...Foi Moore quem criou um personagem conhecido por alguns: John Constantine.
O que quero dizer com esse texto pobre é: Monstro do Pântano foi, basicamente, o início dos bons quadrinhos de horror. Tem um bom pé em H.P. Lovecraft e isso só pode significar qualidade.
Não estou apto a escrever nada mais. Estou cansado e com dor de cabeça.
Leiam o Monstro do Pântano.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Miracleman


Há um tempo eu li um dos melhores quadrinhos do mundo. Na verdade, o quadrinho é uma lenda, escrito por dois dos maiores roteiristas do mundo (na minha modesta opinião, é claro e quem discordar, faça o favor de rever seus conceitos) Alan Moore e Neil Gaiman. É isso seria o bastante para te fazer abrir uma nova janela, ou aba e ir procurar o quadrinho para download. Mas eu ainda vou dar mais razões para lê-lo, ou ao menos tentar fazer isso...
Alan Moore escreveu o arco inicial de Miracleman, onde ele nos reapresenta o mundo. Reapresenta porque o super herói já foi conhecido anteriormente.
Em seus sonhos, Michael Moran, um homem de meia idade, sonha ser o super herói Miracleman, acontece de seu sonho ser realidade e ele não estar a par disso. Bem, Moran sofre com o que mostam tais sonhos: a morte de seus companheiros Kid Miracleman e Young Miracleman e a impossibilidade de salvá-los. Num acidente, Moran, inconsciente, murmura uma palavra: Kimota, a palavra que o transforma em Miracleman, e ele então se lembra.
Com essa introdução, Moore nos faz confrontar com um Miracleman dividido entre ser humano e ser um super herói. Miracleman enfrenta seu ex parceiro, Kid Miracleman, que se tornou um homem maléfico, ganancioso e todas essas coisas que os vilões de quadrinhos são. Depois disso dá de cara com seu maior inimigo nos tempos áureos, descobre sua verdadeira origem, e novamente enfrenta um Kid Miracleman genocida.
Depois do embate com KM, Miracleman decide que vai mudar o mundo e, ao lado da Miraclewoman, fazem uma utopia. Aí, na utopia, Moore nos deixa e entra Neil Gaiman. Pronto para explorar os aspectos humanos nesse mundo utópico criado pelos não mais super heróis, mas deuses, milagrosos (sacou? miracle, milagre...)
Neil Gaiman dividiu seus arcos em era de ouro e era de prata. No primeiro ele nos mostra a vida dos homens e no segundo ele mostra o retorno de Young Miracleman, refeito graças aos avanços tecnológicos. O arco não teve um fim devido a brigas por direitos autorais. Miracleman é uma das lendas dos quadrinhos, sem fim como caverna do dragão, e incrivelmente fantástico. Quando se chega na edição 24, a última a ser publicada, você sente que o maior prejudicado pela briga autoral não é só um leitor, é um mundo inteiro.
Miracleman é foda e tenho dito.
KIMOTA!